Por Zirlene Lemos
Cerca de 400 pessoas participaram do evento neste sábado – Crédito foto:@aluznoclick
Gratidão e espírito de luta. Essa foi a tônica do Festival Paralímpico realizado neste sábado, no Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG. “Mais um evento incrível e de muita alegria! Tivemos em torno de 400 pessoas nas dependências do CTE, sendo 198 pessoas com deficiência, seus familiares e 70 voluntários”, destacou Andressa Mello, coordenadora de Esportes Paralímpicos do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro CTE/UFMG. Assim como ocorreu em outros anos, o objetivo do Festival foi difundir o Movimento Paralímpico, por meio de atividades recreativas e lúdicas que simularam modalidades paralímpicas. Cada uma das sedes ofereceu aos participantes três opções de práticas esportivas.
70 voluntários participaram das atividades dando suporte ao público – Crédito foto: @aluznoclick
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Equipe recebe as últimas instruções antes do evento começar Crédito foto: @aluznoclick
Entre as crianças e jovens de 7 a 19 anos participantes, uma caravana especial percorreu cerca de 41 km só para chegar ao Festival, vindos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE Pedro Leopoldo, instituição com 51 anos de existência e responsável pelo atendimento de Pessoas com Deficiência Intelectual. “Trouxemos 2 micro-ônibus com 30 crianças e jovens, mais a equipe, para participarem do Festival, lá iniciamos recentemente o programa Caça-Talentos – Atletas Paralímpicos, cujo objetivo é capacitar pessoas com deficiência para a prática desportiva, contribuindo para a inclusão social”, contou Isabel Cecilia, gerente clínica da APAE-PL.
Isabel Cecilia (foto á direita), crianças e equipe da APAE-PL, percorreram 41 Km de PL a BH – Reprodução Instagram @apaepl
Quem também celebrou a data, foi Maria Aparecida da Silva que trouxe o filho, cadeirante. ““Estou muito feliz em participar pela primeira vez do evento e ver crianças com deficiências se divertindo ao praticar esportes”, disse.
Números do Festival Paralímpico
Belo Horizonte figura entre as cidades com maior número de inscritos (198) que participaram do Festival. De acordo com números do Centro Paralímpico Brasileiro (CPB) São Paulo liderou o número de inscritos, cerca de 1.000, seguida por Colatina (ES) com 800 participantes, Joinville (SC), 300 inscritos; Petrópolis (RJ), 215 crianças e Marabá (PA), com 207 participantes. Além disso, a edição de 2022 do Festival contou com 12 sedes estreantes no projeto, o que representou 12% do total das cidades que receberam as atividades neste sábado. No CTE UFMG foram oferecidas as práticas esportivas de atletismo, bocha e vôlei sentado – Crédito @crpb.cte.ufmg
No encerramento do evento, Andressa Mello agradeceu a participação e estimulou os pais e responsáveis sobre a possibilidade de incluírem seus filhos nas modalidades esportivas paralímpicas do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro CTE/UFMG. “Que a esperança e a prática esportiva adaptada por meio de modalidades paralímpicas, sejam uma forma de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade”, finalizou.
Andressa Mello agradeceu a participação no Festival Paralímpico – Crédito: Zirlene Lemos
O Festival Paralímpico Loterias Caixa 2022 reuniu cerca de 15 mil crianças, com e sem deficiências, em 98 cidades de todas as unidades federativas brasileiras. Essa foi a quarta e a maior edição do evento, que acontece desde 2018, somente não foi realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em 2020, por causa da pandemia de Covid-19. Dos 105 locais que sediaram o evento neste sábado, 25 são Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os Centros são espaços esportivos, de todas as regiões do Brasil, utilizados diariamente para o desenvolvimento do paradesporto, desde a base até o alto rendimento.
As atividades do Projeto Paralímpico de Alto Rendimento tiveram início em março de 2019 nas dependências do CTE. Trata-se de parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro e a Secretaria do Esporte do Ministério da Cidadania. O projeto integra uma proposta de descentralização do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro de São Paulo e pretende ampliar, potencializar e desenvolver o esporte paralímpico nos demais estados brasileiros. O Projeto Paralímpico baseado no CTE atende 110 atletas em quatro modalidades: atletismo, natação, halterofilismo e parataekwondo.
