CTE apresenta trabalho no Pint of Science BH 2025 

No dia 19 de maio, às 19h, a Profa. Dra. Andressa Mello, coordenadora de Esporte Paralímpico do Centro de Treinamento Esportivo da EEFFTO/UFMG, e o Prof. Dr. Renan Resende, do setor de Fisioterapia, ministrarão a palestra “O outro lado das medalhas: a ciência na saúde dos paratletas”. O trabalho será apresentado no “Pint of Science 2025 – Uma dose de Ciência, Diversidade e Inclusão”, evento realizado no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, localizado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. 

Enquanto os olhos do público estão voltados para o pódio, a ciência trabalha nos bastidores para manter paratletas saudáveis e em movimento. Nessa linha, a profa. Andressa e o prof. Renan buscam entender como cuidar melhor da saúde de quem vive o esporte de alto rendimento, e mostrar que proteger o corpo também faz parte do jogo. Assim, a pesquisa acompanha os atletas ao longo de uma temporada inteira, monitorando, diariamente, de que modo fatores como estresse, fadiga, dor muscular e sono influenciam o risco de lesões e afastamentos. 

Além da palestra, os paratletas do CTE Agatha Vitória Guimarães (halterofilismo), Arthur Xavier (natação) e Cristiane Alves Reis (halterofilismo) participarão de um bate papo com o público.

A entrada é gratuita e não é necessário realizar inscrições.

 

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO EVENTO

O Pint of Science BH 2025 – Uma dose de Ciência, Diversidade e Inclusão será realizado de 19 a 21 de maio, no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal. Confira a programação completa: 

  • Dia 19 de maio – O outro lado das medalhas: a ciência na saúde dos paratletas

Enquanto os olhos do público estão voltados para o pódio, a ciência trabalha nos bastidores para manter paratletas saudáveis e em movimento. Essa pesquisa acompanha os atletas ao longo de uma temporada inteira, monitorando, dia a dia, como fatores como estresse, fadiga, dor muscular e sono influenciam o risco de lesões e afastamentos. O objetivo? Entender como cuidar melhor da saúde de quem vive o esporte de alto rendimento — e mostrar que proteger o corpo também faz parte do jogo. Além da apresentação de Andressa Mello e Renan Resende, também contaremos com um bate papo com a participação das paratletas Ágatha Vitória Guimarães, do halterofilismo, Arthur Xavier Ribeiro, da natação, e Cristiane Alves Reis, do halterofilismo.

Andressa Mello é fisioterapeuta e professora da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG onde lidera o Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício (CEPE). É Coordenadora do Setor de Esporte Paralímpico no Centro de Treinamento Esportivo CTE/UFMG e do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro CTE/UFMG, sendo responsável pelo desenvolvimento do Projeto “Esporte Paralímpico de Alto Rendimento: Formação de Atletas, Formação de Recursos Humanos e Desenvolvimento de Pesquisa”.

Renan Resende é Fisioterapeuta (UFMG) e professor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, onde atua como Pesquisador do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro (CRPB-CTE), Coordenador dos Projetos de Extensão Atuação da Fisioterapia no Centro de Referência Paralímpico Brasileiro, Avaliação Padrão-Ouro da Função Muscular para a Comunidade e “Raciocínio Clínico em Fisioterapia Musculoesquelética – UFMG”.

  • Dia 20 de maio – Pioneiras

Pi·o·nei·ra, adjetivo, 1 – aquela que desbrava caminhos e faz a exploração de uma região  desconhecida; desbravador. 2 – aquela que anuncia algo de novo, antecipando-se aos demais de sua área de conhecimento; precursora. (Dicionário Michaelis).M Incluir e fazer mudanças é abrir portas. Sejam abrir as portas para que o conhecimento saia, sejam as portas para que novas pessoas entrem. No segundo dia do Pint of Science de BH receberemos mulheres que são pioneiras em suas áreas.

Sou 1A, mas não sou só! – Rosy Mary dos Santos Isaias

Ciência não se faz sozinha. Rosy Mary trabalha com o impacto de interações específicas com parasitas nas plantas, resultando no desenvolvimento de galhas. Sua trajetória se pauta nas interações com pesquisadores de diferentes áreas, e levou a formação de um grupo de trabalho consolidado. O objeto de estudo lhe foi apresentado pela sua então orientadora de mestrado, Profa Lea Neves no Museu Nacional da UFRJ. Naquele momento foi um desafio entender como os tecidos vegetais são alterados pelo estímulo vindo de uma colônia de bactérias. De lá para cá, muitos mistérios foram solucionados. Por duas vezes, as novas espécies escondidas dentro das galhas foram nomeadas em sua homenagem: a Pallaeomystela rosaemariae e o Eriogalococcus isaias.

Rosy Mary Isaias é a primeira cientista 1A do CNPq autodeclarada negra. Bióloga, mestre e doutora em botânica, Rosy é professora da Universidade Federal de Minas Gerais. Atua no Núcleo de Diversidade, Equidade e Inclusão da Sociedade Botânica do Brasil, na Comissão Técnica em Educação do CRBio04 e coordena o PPG Biologia Vegetal da UFMG onde é Professora Titular do departamento de Botânica.

Nimu Borum e a delicadeza de estudar pessoas – Bibi Nhatarâmiak

Em 2004, uma criança indígena foi encontrada durante uma escavação arqueológica em Diamantina. A bioarqueologia tradicional fez os testes de sempre e apresentou alguns resultados sobre a vida da criança e sua comunidade. Anos mais tarde uma coisa mudou. Bibi Nhatarâmiak, mulher Indígena do povo Borum-Kren, decidiu, em seu mestrado, estudar mais a respeito da pequena Nimu Borum. O estudo incorpora conhecimentos indígenas ancestrais e propõe nova abordagem para a bioarqueologia que demonstre efetiva preocupação com as pessoas pesquisadas.

Bibi Nhatarâmiak é a primeira indígena bioarqueóloga do Brasil. Antropóloga, mestra em Arqueologia e doutoranda em Antropologia com habilitação em Arqueologia, Bibi é membra do Comitê Mineiro de Apoio à Causa Indígena e do Mulher Wayrakuna – Movimento Plurinacional de Indígenas Mulheres.

  • Dia 21 de maio – Nossos corpos, nossas narrativas, nossa ciência

“A história é escrita pelos vencedores”, a frase atribuída a George Orwell é uma importante referência para pensar que conhecemos a história a partir de quem domina a narrativa. E na ciência não é diferente. As pesquisas muitas vezes estão diretamente ligadas à vontade de quem está no poder. No nosso terceiro dia de Pint of Science, vamos descobrir pessoas que trabalham para que a ciência seja mais diversa e acolha diferentes corpos e narrativas. Nesse dia também teremos apresentação cultural com Scarlett A ́Hara.

Dá pra falar de violência sem falar de afeto? – Enrico Martins Poletti Jorge

O observatório de violência LGBT+ foi uma pesquisa de três anos do núcleo de pesquisa Diverso UFMG, iniciada durante a pandemia. Seu objetivo é compreender as dinâmicas de violência LGBTfóbica na cidade de Belo Horizonte. Ao todo, foram ouvidas mais de 500 pessoas e realizadas 78 entrevistas para mapear as dinâmicas de violência dos habitantes da cidade.

Enrico Martins Poletti Jorge é psicólogo e mestrando em Psicologia pela UFMG, é da equipe do programa DIVERSO UFMG – NÚCLEO JURÍDICO DE DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO, que atua com articulação de ações políticas e legais contra violências baseadas no gênero e/ou na sexualidade. Também faz parte da Ocupação Psi, projeto de ações de acolhimento ao sofrimento da população negra e à formação de profissionais da psicologia clínica.

O ateliê como tubo de ensaio: estratégias lésbicas para a pesquisa em arte – Leíner

Hoki

Como desenvolver e apresentar os resultados de uma pesquisa em arte? Existe diferença entre uma pesquisa sobre arte e uma pesquisa em arte, feita pela pessoa artista? Leíner Hoki apresenta os resultados de suas investigações sobre lesbianidades, feminismo e insubmissões de gênero, em conjunto com suas estratégias de pesquisa como artista, poeta,acadêmica e educadora. Para isso, apresenta seu livro “Tríbades, Safistas, Sapatonas do mundo, uni-vos: investigações sobre a poética das lesbianidades”, que foi semifinalista do Prêmio Jabuti (2022) e sua mostra de pintura e desenho, “Amadoras”, atualmente em exibição na Galeria Genesco Murta no Palácio das Artes, na quinta edição do Prêmio Décio Noviello.

Leíner Hoki é nipo-caipira, escritora, poeta-pesquisadora, arte educadora popular e artista visual formada em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG. Também fez mestrado em artes na mesma instituição e atualmente cursa doutorado e é bolsista FAPEMIG. Seu trabalho artístico é um híbrido entre as artes visuais, a pesquisa e a literatura, acontecendo, plasticamente, em pintura e desenho. Trabalhou, de 2022 a 2025, como arte educadora no “Consultório na Rua” de Belo Horizonte. Sua primeira exposição individual, “Garotas, garotas”, aconteceu em 2024 na galeria do BDMG Cultural.

 

PINT OF SCIENCE 

Comemorando 10 anos no Brasil e 9 anos na capital mineira, a programação 2025 de Belo Horizonte reunirá diferentes pesquisadoras, pesquisadores e pesquisadories para compartilhar os resultados de suas pesquisas com o público e refletir sobre a promoção da saúde e qualidade de vida para as pessoas com deficiência e a comunidade LGBTQIAPN+.

“Os cientistas, ocupados com suas pesquisas, às vezes têm pouca chance de se comunicar com o público. O festival é uma oportunidade deles deixarem de lado seus jargões técnicos, seus gráficos complicados, e jogar a real com quem tiver interesse.” (Prof. Eduardo Bessa, coordenador nacional do Pint of Science Brasil).

Em 2025 o Pint of Science é realizado pelo “Menos Preconceito é Mais Saúde: divulgação científica e saúde da população LGBT+”, projeto da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG), que tem como parceiros a Fundação João Pinheiro, a Universidade Federal de Ouro Preto e a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. O apoio é da Rede Mineira de Comunicação Científica, do coletivo Mulheres da Ciência (ICB/UFMG), do programa Pensar a Educação (FaE/UFMG) e do MMGerdau – Museu das Minas e do Metal, que mais uma vez acolhe o evento.