Por Zirlene Lemos
O Brasil encerrou a sua participação no Grand Prix de atletismo paralímpico em Marrakech, no Marrocos, no sábado, 17, na liderança do quadro geral de medalhas da competição. Representada por 21 atletas, dos quais alguns foram medalhistas nos Jogos de Tóquio 2020, a Seleção Brasileira conquistou 36 medalhas, sendo 21 ouros, 13 pratas e dois bronzes e ficou à frente de 39 países que participaram do evento.
Nas disputas de campo, o Brasil conquistou quatro medalhas no feminino e no masculino. Entre as mulheres, destaque para a mineira Izabela Campos, medalhista paralímpica brasileira nos Jogos – Rio 2016, da equipe do Centro de Treinamento Esportivo da UFMG (CTE). Izabela alcançou a marca de 10,24 m no arremesso de peso e garantiu a medalha de bronze. Ela disputou em uma prova agrupada das classes F11/12/20 (para atletas com deficiência visual).
O treinador de Izabela, Ivam Bertelli, que também foi convocado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro para o Grand Prix de atletismo de Marrakech, destacou os bons resultados que os atletas do CTE UFMG vêm alcançando. “temso sempre que reforçar a importância do esporte como um meio de inclusão e de educação”, frisou
Até os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, haverá duas edições do Mundial – uma na capital francesa, de 8 a 17 de julho de 2023, e outra em Kobe, entre os dias 17 e 25 de maio de 2024. O atletismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa e pela Braskem.
Atleta
Izabela , que desde 2014 integra o Projeto de Esporte Paralímpico do CTE/UFMG, é destaque no paralímpico brasileiro. Já participou de três Olimpíadas (2012, 2016 e 2021) e se prepara para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Paris 2024. Na Rio 2016, conquistou o bronze no lançamento de disco. Nos Jogos Parapan-americanos de Lima, no Peru, em 2019, subiu ao degrau mais alto do pódio, superando o recorde da competição com 35,32m. Na mesma edição do Parapan, a atleta ainda ficou com a medalha de bronze no peso, na junção de classe F11/F12. Izabela foi bronze também em Dubai, em 2019. Antes de se destacar nas provas de campo, chegou a correr provas de 400 metros até cinco mil metros.
O CTE-UFMG tem o apoio da Secretaria Especial de Esporte do Ministério da Cidadania, que financia os projetos Formação de Recursos Humanos e Desenvolvimento de Pesquisa Aplicados ao Esporte de Alto Rendimento e Esporte Paralímpico de Alto Rendimento: Formação de Atletas, de Recursos Humanos e Desenvolvimento de Pesquisa. Os projetos desenvolvem ações em modalidades olímpicas e paralímpicas, atuando desde a iniciação esportiva até o alto rendimento, na cidade de Belo Horizonte e sua região metropolitana.