Por Zirlene Lemos
O jovem Daniel Messias Evangelista do Nascimento, atleta do Halterofilismo paralímpico do CTE-UFMG, voltou nesta terça-feira (13) de sua participação nos Jogos Parapan-americanos de Jovens, de Bogotá (Colômbia), com nada menos que 2 medalhas de ouro no peito. A competição, disputada por jovens com deficiência com idade entre 12 e 20 anos, reuniu 20 países na capital colombiana, entre os dias 3 e 12 de junho.
Estreando em uma competição internacional, vestindo a camisa da Seleção Brasileira, com apenas 16 anos, o “novato” Daniel ganhou seu primeiro ouro após erguer 73kg, na disputa da categoria Rockie – 72kg. O segundo, ouro desta competição, veio porque o atleta concluiu perfeitamente as 3 tentativas de levantamento de peso, levando a melhor avaliação dos três árbitros. Com essa vitória, Daniel se classifica como o 1º melhor das Américas e o 1º no ranking brasileiro (Rockie – 72kg)
A delegação brasileira foi representada por 96 atletas de 19 estados e o DF em 10 modalidades: basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de cegos, futebol de paralisados cerebrais, goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. Não houve representantes no atletismo e na natação.
Outro atleta do Halterofilismo paralímpico do CTE-UFMG que também disputou, foi Thaylon William da Cunha Araújo, que dessa vez não subiu ao pódio mas manteve a sua classificação de 4º melhor das Américas e o 1º no ranking brasileiro na categoria Rockie – 49kg.
Nos Jogos Parapan-americanos de Jovens (2023) os brasileiros conquistaram ao todo 52 medalhas que fizeram do país campeão em nove das dez modalidades em que participou – a exceção foi a Seleção de futebol PC, medalhista de prata, e no basquete em cadeira de rodas houve um empate com a Argentina. Cada nação ficou com um ouro e uma prata. Na capital colombiana, o Brasil conquistou sua 500ª medalha na história do evento e chegou a 534 pódios nas quatro edições em que competiu.
No quadro de medalhas dos 10 esportes em que o Brasil esteve presente, a Argentina terminou na segunda colocação, com 33 pódios (oito ouros, 13 pratas e 12 bronzes), seguida pela Colômbia, que obteve 31 conquistas (oito ouros, 13 pratas e 10 bronzes). No ranking geral, considerando também natação e atletismo, a delegação brasileira ficou na quarta posição, atrás de Colômbia (52 ouros), Argentina (36) e México (33).
Esporte paralímpico
No halterofilismo paralímpico, competem atletas com deficiência física nos membros inferiores, baixa estatura e paralisia cerebral. Os atletas executam um movimento chamado supino, deitados em um banco. Cada competidor tem três tentativas. O maior peso levantado é considerado como resultado final.
Durante a disputa, três árbitros avaliam as tentativas de levantamento de peso. A bandeira branca significa que o movimento foi válido e, a vermelha, inválido. O atleta precisa ter, pelo menos, duas bandeiras brancas para que os kgs alçados sejam considerados. O atleta deve suportar o peso com os braços estendidos (posição inicial) até o comando do árbitro. Depois, descer a barra até encostá-la no corpo com uma parada evidente e por fim, elevar a barra até a posição inicial.
Atualmente no CTE-UFMG, são ofertadas as seguintes modalidades paralímpicas: atletismo, natação, halterofilismo e parataekwondo, abrangendo da iniciação ao alto rendimento, para atletas de Belo Horizonte e região metropolitana. Marcelo Matos é treinador do halterofilismo desde 2019 e acompanha os atletas no dia a dia dos treinos e em muitas competições. Mais informações sobre como ser atleta no cte.ufmg.br/cte/.