Por Zirlene Lemos
No sábado (20) o Centro de Referência Paralímpico (CRPB) vinculado ao CTE-UFMG, recebeu mais de 500 pessoas que “coloriram”o espaço de amarelo ao participarem de mais uma edição do Festival Paralímpico Loterias Caixa 2023. Foram 262 inscritos, entre crianças e jovens de 7 a 17 anos com e sem deficiência (até 20%). De acordo com a professora Andressa de Mello, coordenadora do projeto Esporte Paralímpico da UFMG, “passaram pelo CTE-UFMG mais de 500 pessoas, sendo 262 inscritos com deficiência, seus familiares e mais de 70 voluntários”, destacou.
Assim como ocorre desde 2018, o objetivo do Festival foi difundir o Movimento Paralímpico, por meio de atividades recreativas e lúdicas que simularam modalidades paralímpicas. No CTE foram oferecidas as seguintes práticas esportivas: Atletismo, Parataekwondo; Halterofilismo e Voleibol sentado.
Em 2023 o Festival traz um novo formato. Pela primeira vez, será realizado em duas etapas em um único ano. A primeira ocorreu no sábado (21) e a segunda edição será em 23 de setembro, celebrando o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21) e o Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22).
No encerramento do evento, Andressa Mello agradeceu a participação de familiares, voluntários, atletas palímpicos e das crianças e jovens inscritos, além de incentivar que os pais tragam seus filhos para a prática esportiva no CTE-UFMG como forma de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
História do Festival Paralímpico
A primeira edição do Festival, foi em 2018, foi realizada em 48 cidades com a participação de mais de 7.000 crianças. Em 2019, o evento teve 70 sedes e atendeu mais de 10 mil crianças. A edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia de Covid-19. Em 2021, o Festival Paralímpico reuniu 8.000 crianças em 70 sedes espalhadas pelo país. No ano passado, o evento havia recebido seu maior número de pessoas, até este sábado, com cerca de 15 mil crianças e adolescentes em 98 cidades. E nesta primeira edição de 2023 reuniu mais de 21 mil crianças em 119 localidades das 27 unidades federativas do Brasil. Nesta edição, cerca de 36% dos inscritos tinham deficiência intelectual além de crianças e os jovens com transtorno do espectro autista (19,5 %) e com deficiências físicas (10,2%). Os outros inscritos se dividiram entre os que tinham deficiências visual, auditiva e múltiplas, além dos 20% sem deficiências. A iniciativa, fomentada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) tem o objetivo de promover a experimentação esportiva, de maneira lúdica e inclusiva, para crianças com (80%) e sem (20%) deficiências.
As atividades do Projeto Paralímpico de Alto Rendimento tiveram início em março de 2019 nas dependências do CTE. Trata-se de parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro e a Secretaria do Esporte do Ministério da Cidadania. O projeto integra uma proposta de descentralização do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro de São Paulo e pretende ampliar, potencializar e desenvolver o esporte paralímpico nos demais estados brasileiros. O Projeto Paralímpico baseado no CTE atende 110 atletas em quatro modalidades: atletismo, natação, halterofilismo e parataekwondo.
O Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG tem o apoio do Ministério da Cidadania, que financia os projetos Formação de Recursos Humanos e “Desenvolvimento de Pesquisa Aplicados ao Esporte de Alto Rendimento” e “Esporte Paralímpico de Alto Rendimento: Formação de Atletas, de Recursos Humanos e Desenvolvimento de Pesquisa”. Os projetos desenvolvem ações em modalidades olímpicas e paralímpicas, atuando desde a iniciação esportiva até o alto rendimento, na cidade de Belo Horizonte e sua região metropolitana.